A descoberta de pescadores na costa oeste da América do Sul, próxima ao litoral do Peru, revelou a presença do fenômeno climático El Niño. Esse fenômeno, que ocorre periodicamente no Oceano Pacífico Equatorial, é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas superficiais do oceano. Com uma duração média de um ano a um ano e meio, o El Niño tem um impacto significativo nas condições climáticas globais.
Apesar de ser um fenômeno natural, o El Niño pode desencadear uma série de consequências sérias que afetam tanto o meio ambiente quanto as comunidades humanas. Tempestades, ondas de calor, secas prolongadas e inundações são apenas alguns dos fenômenos climáticos extremos que podem ocorrer devido ao El Niño.
O Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA) destaca a necessidade de adaptação da zona costeira diante dessas mudanças climáticas. As cidades costeiras, em particular, estão sujeitas a enfrentar os efeitos mais intensos das mudanças climáticas. No entanto, também têm o potencial de desempenhar um papel crucial na proteção do continente como um todo contra esses impactos.
Nicholas Stern, ex-economista-chefe do Banco Mundial, alertou em um relatório que as emissões de gases de efeito estufa são uma das maiores falhas do mercado já vistas. Ele destacou a necessidade de um investimento significativo, cerca de 2% do PIB mundial, para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Em um contexto onde as cidades se tornam o epicentro da batalha contra as mudanças climáticas, é fundamental adotar medidas de adaptação e mitigação para enfrentar os desafios impostos pelo El Niño e outros fenômenos climáticos extremos.