A estudante foi para Disney e voltou ao Brasil em março deste ano, fato que chamou a atenção das vítimas
A Polícia Civil de São Paulo (PC-SP) investiga uma estudante da Universidade Presbiteriana Mackenzie suspeita de desviar pelo menos R$ 62 mil de outros alunos. A maior parte do dinheiro seria do InterFAU (competição esportiva universitária que envolve faculdades paulistas de arquitetura e urbanismo). De acordo com informações apuradas pelo UOL, a suspeita atuava como tesoureira do InterFAU.
Ela era responsável por receber os valores dos alunos da atlética do Mackenzie e de outras universidades ligadas à competição. A verba era enviada diretamente para sua conta pessoal porque a estudante afirmava que abrir uma conta jurídica geraria taxas ou falava também que a conta da atlética estava bloqueada. Para realizar o InterFAU, as atléticas promovem festas e vendem roupas, canecas, entre outros itens, para arrecadar dinheiro.
No ano passado, a comissão organizadora do evento conseguiu arrecadar R$ 120 mil. Neste ano, o total em caixa é de R$ 60 mil. O evento dura ao menos uma semana e é marcado por jogos e festas universitários. Do valor desviado, cerca de R$ 4 mil seriam da Atlética Acadêmica Arquitetura Mackenzie. Os mais de R$ 58 mil restantes seriam das demais associações.
A descoberta do desvio ocorreu com a chegada da nova equipe de gestão do InterFAU, em setembro do ano passado. Os novos integrantes encontraram o caixa zerado. “Ela confessou que havia usado o dinheiro e que iria devolver, o que não ocorreu até o momento”, afirma a advogada das vítimas, Simone Haidamus.
Houve uma primeira reunião da nova gestão do InterFAU com a estudante ainda em setembro. Semanas depois, segundo a advogada, a estudante foi para Disney e voltou ao Brasil em março deste ano—o que chamou a atenção das vítimas. Ao longo dos meses, as atléticas tentaram contato com a estudante, mas nem sempre tinham retorno.
O pai da estudante chegou a participar de uma das reuniões do InterFAU. De acordo com a advogada, ele afirmou que pagaria o valor desviado, o que também não ocorreu. A reportagem tenta localizar a defesa da estudante. O Mackenzie, em nota, disse não ter responsabilidade sobre o evento e que as atléticas possuem registros de CNPJ próprios. Já a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que abriu um inquérito e que os envolvidos serão ouvidos. A expectativa é que, na semana que vem, as vítimas prestem seus depoimentos e a suspeita, na sequência.
da UOL
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