Com o Corinthians atravessando uma crise intensa dentro e fora de campo, o presidente Augusto Melo está enfrentando uma pressão sem precedentes, o que tem gerado revolta entre grupos políticos nos bastidores do clube.
Inconformadas com a atual gestão, chapas ligadas à situação convocaram uma reunião emergencial para hoje (28), com o objetivo de forçar a renúncia do dirigente.
De acordo com apurações da reportagem, o grupo argumenta que Augusto não possui a capacidade necessária para liderar o Corinthians. As críticas se intensificaram especialmente diante da maneira como o clube lidou com as denúncias envolvendo um suposto esquema com um “laranja” no repasse de pagamentos à “Rede Social Media Design LTDA”, caso atualmente sob investigação policial.
Além disso, o Corinthians enfrenta desgaste pela perda do contrato milionário de R$ 360 milhões com a patrocinadora máster e por constantes atrasos salariais que têm afetado o ambiente no Parque São Jorge.
Para os membros do grupo dissidente, a única solução viável para tentar “salvar” o clube seria a saída imediata de Augusto da presidência. A reunião marcada visa intensificar a pressão para que ele renuncie ao cargo.
A tensão atingiu seu ápice nesta quinta-feira, quando o CT Joaquim Grava e o Parque São Jorge foram invadidos por torcedores indignados. Cerca de 30 pessoas chegaram ao quinto andar da sede do clube, quebrando vidraças e invadindo a sala de Augusto Melo.
Durante o incidente, os torcedores fizeram duras cobranças a Augusto e também a Marcelo Mariano, diretor administrativo do clube. Manifestantes declararam que não desejavam mais diálogo, gritando slogans como “Acabou a paz, agora é guerra”.
A situação ocorre em um momento crítico para o Corinthians, que se prepara para um confronto decisivo contra seu maior rival, o Palmeiras, na segunda-feira (1), pela 13ª rodada do Brasileirão.