Donald Trump concedeu uma entrevista ao jornal New York Post durante o voo para a convenção do Partido Republicano em Milwaukee, onde expressou gratidão aos agentes do Serviço Secreto pela rápida resposta à tentativa de assassinato que enfrentou. “Eu deveria estar morto”, afirmou Trump, destacando a eficiência com que os agentes neutralizaram o agressor.
“Aqueles caras fizeram um trabalho fantástico. Atiraram nele entre os olhos”, disse Trump, comentando o incidente que resultou na morte do agressor e de um bombeiro no público. Ele não alimentou polêmicas sobre eventuais falhas na segurança do comício, descrevendo o evento como “surreal para todos nós”.
A imprensa francesa, ao transcrever a entrevista, especulou que o incidente poderia fortalecer as chances de Trump na campanha. O jornal Les Echos observou que, após o incidente, Trump é visto por alguns americanos não apenas como um favorito, mas também como um mártir e herói.
A convenção do Partido Republicano, iniciada nesta segunda-feira (15) em Milwaukee, é descrita pelo jornal econômico francês como prometendo ser “carregada de testosterona”. Trump busca demonstrar vigor e determinação durante o evento, que também revelará seu candidato a vice-presidência. Os principais cotados incluem o senador J.D. Vance, representante dos brancos de classe média, o senador latino Marco Rubio e o empresário e governador de Dakota do Norte, Doug Burgum.
A imagem de Trump, com o rosto ensanguentado e o punho erguido, após o incidente, é descrita como icônica pelos jornais franceses Libération e Le Parisien. Segundo o Libération, o local da convenção republicana está adornado com imagens do 45º presidente dos EUA, que aspira ser também o 47º presidente.
“Muitas pessoas dizem que é a foto mais icônica que já viram”, disse Trump ao New York Post. “Eles estão certos, e eu não estou morto”, acrescentou o pré-candidato republicano.