Método que utiliza mosquitos com bactéria especial para combater a dengue começa no Paraná
Dengue Saúde

Método que utiliza mosquitos com bactéria especial para combater a dengue começa no Paraná

26/08/2024 | 21:50 Por Redação

A cidade de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, iniciou nesta segunda-feira (26) a soltura de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, uma técnica que visa reduzir a transmissão de doenças como dengue, Zika e chikungunya. De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), cerca de 1,3 milhão desses mosquitos, chamados de Wolbitos, serão liberados semanalmente na cidade.

O método consiste na liberação de mosquitos contaminados com a bactéria Wolbachia, que é inofensiva aos seres humanos, mas eficaz na inibição da propagação dos vírus transmitidos pelo Aedes aegypti. “A questão é que nós tiramos [a bactéria Wolbachia] da mosca da fruta, por exemplo, que tiramos da fruteira em casa, e transferimos para o Aedes aegypti, então não existe modificação genética. É um método que usa a própria natureza para a redução do mosquito”, explicou Gabriel Silvestre, líder da operação da World Mosquito Program (WMP) em parceria com a Fundação Fiocruz.

Até o final do ano, 26,1 milhões de mosquitos Wolbitos devem ser liberados em 13 bairros de Foz do Iguaçu. Os profissionais envolvidos passaram por treinamentos específicos para garantir a eficiência e segurança do projeto. A cada semana, novas levas de mosquitos serão soltas em diferentes regiões da cidade, como parte do esforço contínuo de combate às arboviroses.

Além de Foz do Iguaçu, outras cidades brasileiras, como Londrina (PR), Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Natal (RN) e Joinville (SC), também participam do projeto. A iniciativa é conduzida pelo World Mosquito Program (WMP) e implementada no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), com apoio do Ministério da Saúde, prefeituras locais, governos estaduais e, em Foz do Iguaçu, da Itaipu Binacional.

Com informações: G1 Paraná|Foto: Reprodução RPC

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