Em ação conjunta, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) de Ponta Grossa e a Polícia Militar (PM) deram cumprimento, na sexta-feira (15), a quatro mandados de prisão preventiva relacionados ao homicídio de Andreia Cristina Madureira Martins, que tinha 27 anos.
O crime ocorreu na noite de 10 de agosto, em um trailer de lanches onde a vítima trabalhava como chapeira, localizado no centro de Ponta Grossa. De acordo com a PCPR, as investigações apontaram que o plano criminoso teve atuação dos quatro presos, que se uniram para executar a vítima.
O crime foi captado por diversas câmeras de segurança. As imagens registraram quando a atiradora, com auxilio de uma motociclista, executaram o crime. As câmeras de segurança flagraram ainda o momento em que a atiradora, em fuga, entrou em um veiculo e fugiu do local.
Após a identificação dos envolvidos, a Justiça chegou a decretar a prisão temporária dos investigados, que posteriormente foram beneficiados por monitoramento com tornozeleira eletrônica. “Prosseguindo nas investigações, foram coletadas provas que apontaram que o crime foi praticado por vingança”, explicou a polícia.
Motivação
A mulher foi assassinada em razão da crença dos investigados de que Andreia, que era companheira de Matheus Gabriel Felde, irmão de duas investigadas, teria informado a policiais o paradeiro dele, que estava com mandado de prisão. Durante a tentativa de cumprimento do mandado, Matheus acabou entrando em confronto com policiais militares, resultando em sua morte. O caso ocorreu em janeiro de 2019.
Os investigados então juraram se vingar e matar Andreia, a ameaçando em diversas ocasiões. Diante das provas robustas coletadas e da forma de execução do crime, foi representada pela prisão preventiva dos investigados, medida que foi deferida pelo Poder Judiciário.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Luis Gustavo Timossi, a ousadia dos criminosos de matarem a vitima em seu local de trabalho, enquanto diversos transeuntes passavam no local e se alimentavam no carrinho de lanches onde a vitima trabalhava, demonstra de forma clara a inaptidão desses indivíduos para vida em sociedade.
De forma ainda mais absurda, uma das investigadas, no momento do crime, estava de tornozeleira eletrônica por ter sido beneficiada pela justiça pela prática de outro crime e, mesmo assim, praticou este grave homicídio.
Com a prisão preventiva de todos os investigados, agora as investigações entram em sua fase final devem se encerrar no início da próxima semana.