Acordo entre Brasil e China pode afetar o domínio da Starlink no país
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Acordo entre Brasil e China pode afetar o domínio da Starlink no país

20/11/2024 | 19:30 Por Redação MZ

 

O setor de internet via satélite no Brasil pode passar por mudanças significativas, com um novo acordo entre o Ministério das Comunicações do Brasil e a empresa chinesa SpaceSail. O entendimento, firmado nesta terça-feira (19), prevê o desenvolvimento de um serviço de internet de alta velocidade por meio de satélites de órbita baixa da Terra, com o apoio da Administração Nacional de Dados da China. O plano pode afetar diretamente a liderança da Starlink, a rede de satélites de Elon Musk, que atualmente domina o mercado brasileiro.

A SpaceSail, que conta com 18 satélites em operação e pretende lançar até 15 mil até 2030, planeja iniciar suas operações no Brasil até 2025. A empresa, baseada em Xangai, visa oferecer um serviço similar ao da Starlink, que usa satélites em órbita baixa (LEO) para fornecer internet em áreas remotas. Com um sistema de satélites mais próximos à Terra, a conexão é mais rápida e confiável. Apesar de não haver uma data definida, as negociações com o governo brasileiro já começaram e dependem de autorizações da Anatel para viabilizar a infraestrutura necessária.

O movimento ocorre em um momento delicado para a Starlink, que enfrenta tensões com o governo brasileiro desde o conflito envolvendo o X (antigo Twitter) de Elon Musk. Após a suspensão da plataforma no Brasil, o impacto sobre a Starlink levantou preocupações, especialmente em setores militares e econômicos que dependem da conectividade oferecida pela empresa. Atualmente, a Starlink possui 45,9% do mercado de internet via satélite no Brasil, sendo a principal fornecedora para áreas isoladas, incluindo a Amazônia.

A iniciativa chinesa também pode levar a um fortalecimento da infraestrutura digital no Brasil, especialmente em cidades inteligentes, e pode representar uma alternativa ao domínio da Starlink, que tem enfrentado críticas no país. A disputa entre as duas empresas de satélites, no entanto, ainda está em seus estágios iniciais, e será necessário acompanhar como os desdobramentos legais e técnicos influenciam a concorrência no mercado de internet por satélite no Brasil.

Com informações: G1 | Foto: Getty Images via BBC 

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