
Foto: reprodução.
Pelo menos 17 pessoas morreram nesta quinta-feira (14) em decorrência de bombardeios e disparos israelenses na Faixa de Gazaa. Entre as vítimas estão seis civis que esperavam para receber ajuda humanitária.
Os ataques se concentraram no bairro de Zeitun, na Cidade de Gaza, região alvo de operações militares intensas há quatro dias consecutivos. “Desde o amanhecer, recebemos 28 chamados de emergência. Muitas famílias não conseguem sair de casa por causa dos disparos”, afirmou Mahmud Basal, porta-voz da agência local de emergências.
Moradores relataram que os bombardeios têm se intensificado. “Meu sobrinho, sua esposa e os filhos morreram em um ataque aéreo”, contou Maram Kashko, habitante de Zeitun.
Na quarta-feira (13), o exército israelense anunciou um novo plano militar para assumir o controle total da Cidade de Gaza e dos campos de refugiados próximos, como parte da ofensiva contra o Hamas. A operação ocorre em resposta ao ataque do grupo islamista em solo israelense, em 7 de outubro de 2023, que deixou 1.219 mortos — a maioria civis — e resultou no sequestro de 251 pessoas. Destas, 49 seguem cativas e 27 teriam morrido, segundo o exército israelense.
Segundo a ONU, cerca de dois milhões de palestinos necessitam urgentemente de assistência humanitária em Gaza, agravada por altas temperaturas e condições precárias de abrigo. “O calor é insuportável. Vivemos em uma barraca de nylon, é como um forno”, disse Um Khaled Abu Jazar, deslocada da região de Al Mawasi.
Desde o início da ofensiva israelense, o Ministério da Saúde do Hamas contabiliza 61.776 mortes em Gaza, a maioria civis. Esses números são reconhecidos como confiáveis pela Organização das Nações Unidas.
Leia mais: Motociclista sofre graves fraturas após colisão em PG