Alexandre de Moraes diz que não irá “recuar um milímetro”, durante entrevista ao Washington Post
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Alexandre de Moraes diz que não irá “recuar um milímetro”, durante entrevista ao Washington Post

18/08/2025 | 13:29 Por Redação MZ

Nesta segunda-feira (18), o pelo jornal estadunidense The Washington Post, publicou um perfil do Ministro do Superior Tribunal Federal (STF) brasileiro, Alexandre de Moraes, onde ele diz não haver a menor possibilidade de recuar nem mesmo um milímetro” na tramitação em que ele conduz para julgar  as ações de uma trama golpista que teria tentado manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

 

A declaração foi dada aos correspondentes internacionais Marina Dias e Terrence McCoy, autores de um perfil do ministro.

“Vamos fazer o que é certo: vamos receber a denúncia, analisar as evidências, e quem tiver de ser condenado vai ser condenado, e quem tiver de ser absolvido vai ser absolvido”, afirmou Moraes, segundo a entrevista publicada em inglês.

O jornal descreve Moraes como alguém acostumado a grandes embates com os poderosos, nos quais assume com postura pessoal a máxima “nunca desista, sempre avance”.

Moraes ainda disse “com tranquilidade” que “não há chance de recuarmos do que devemos fazer”, referindo-se aos ministros do Supremo.

Segundo o ministro, o Brasil foi infectado por uma doença “autoritária” e faz parte do seu trabalho “aplicar a vacina”.

Para produzir o perfil, os repórteres entrevistaram 12 pessoas próximas a Moraes, entre amigos e colegas, a maior parte de forma anônima.

Entre os interlocutores ouvidos, segundo o jornal, a maioria avalia que as decisões rígidas de Moraes ajudaram a preservar a democracia brasileira num momento de avanço global do autoritarismo.

Outros, porém, consideram que o ministro se excede e prejudica a legitimidade do Supremo.

No geral, ele é descrito como alguém de postura agressiva e propenso a demonstrações de poder efetivo.

O artigo afirma ainda que Moraes ganhou uma fama global peculiar de “xerife da democracia”, devido à repercussão de seus “abrangentes despachos” em países cada vez mais polarizados sobre temas como liberdade de expressão, tecnologia e poder estatal.

Com informações da Agência Brasil