A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu a investigação sobre a morte de Jaqueline Rodrigues Pereira, de 37 anos, assassinada com um tiro na cabeça no dia 13 de setembro, em São Miguel do Iguaçu, no Oeste do Paraná. O principal suspeito do crime é o próprio marido da vítima, Adriano Forgiarini, que foi preso preventivamente após quase duas semanas de apuração.
Inicialmente, o caso foi registrado como latrocínio — roubo seguido de morte — após Adriano alegar que um assalto teria ocorrido na casa do casal. Jaqueline foi encontrada morta na área externa da residência e o marido apresentava ferimentos leves, o que reforçou, em um primeiro momento, a versão de que ambos haviam sido vítimas de criminosos.
No entanto, desde o início, a equipe da Polícia Civil manteve cautela diante das inconsistências no relato de Adriano. Segundo os investigadores, provas periciais, depoimentos de testemunhas e análises de comportamento foram cruciais para levantar dúvidas sobre a versão apresentada.
Com o aprofundamento das investigações, a polícia descobriu que os ferimentos do marido foram autoinfligidos, como parte de uma tentativa de encobrir o feminicídio. A reconstituição do crime e o cruzamento de informações indicaram a participação direta de Adriano na morte da esposa.
Diante das evidências, a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva contra o suspeito. Ele foi localizado escondido em um hotel na própria cidade e, desde então, permanece detido, à disposição do Judiciário.
Jaqueline e Adriano estavam juntos havia 12 anos e, segundo familiares da vítima, o relacionamento não apresentava sinais aparentes de violência. A vítima havia vencido um câncer de mama em março deste ano.
O inquérito segue aberto para esclarecer a motivação do crime e apurar se o acusado contou com ajuda de terceiros na execução do feminicídio. A polícia trata o caso como crime premeditado e destaca a importância do trabalho minucioso de investigação para garantir justiça.