O Senado Federal instala nesta terça-feira (4) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, criada para investigar a estruturação, expansão e funcionamento de facções criminosas e milícias em todo o país. O foco principal será o avanço de grupos como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).
Nesta primeira reunião, os parlamentares irão eleger o presidente, o vice-presidente e o relator da comissão. A CPI terá prazo de 120 dias para concluir os trabalhos.
A criação do colegiado havia sido aprovada em junho, mas a instalação foi adiada. O tema voltou a ganhar força após a operação policial que resultou em mais de 120 mortes nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, no último dia 28 de outubro.
Ao todo, onze senadores vão compor a comissão. Dez nomes já foram indicados pelas lideranças partidárias. O governo defende que a presidência fique com Fabiano Contarato (PT-ES) ou Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo na Casa. Já a oposição tenta emplacar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para o comando.
O senador Otto Alencar (PSD-BA), o mais antigo entre os indicados, conduzirá a instalação. O autor do pedido de criação da CPI, Alessandro Vieira (MDB-SE), deve ser o relator dos trabalhos.
A comissão busca aprofundar as investigações sobre o crescimento das organizações criminosas e propor medidas legislativas para enfrentar o avanço das milícias e facções no país.





