Os seis condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de crimes contra a democracia participarão nesta quarta-feira (26) de audiências de custódia, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes. As sessões, conduzidas por juízes auxiliares do ministro, ocorrerão por videoconferência e têm como objetivo cumprir formalidades legais relativas à execução das penas.

As audiências serão realizadas nos locais onde cada réu está preso. O ex-presidente Jair Bolsonaro terá sua sessão às 14h30, direto da Superintendência Regional da Polícia Federal, em Brasília. Antes dele, às 13h00, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier será ouvido na Estação Rádio da Marinha, também na capital federal. Já o ex-ministro da Justiça Anderson Torres participará da audiência às 13h30, a partir do Complexo Penitenciário da Papuda.

O general Augusto Heleno terá sua sessão às 14h00, no Comando Militar do Planalto, mesmo local onde, uma hora depois, às 15h00, será realizada a audiência do general Paulo Sérgio Nogueira. Encerrando o dia, o general Walter Braga Netto será ouvido às 15h30, a partir da 1ª Divisão do Exército, na Vila Militar, no Rio de Janeiro.

Do chamado Núcleo Crucial da investigação, Alexandre Ramagem e Mauro Cid não passarão por audiências. Ramagem permanece foragido, enquanto Cid cumpre pena de dois anos em regime aberto desde o início de novembro.

Na véspera, nesta terça-feira (25), Moraes também autorizou que Bolsonaro receba alimentação especial na sede da Polícia Federal onde está detido. Uma pessoa cadastrada pela defesa poderá entregar as refeições em horários definidos pela corporação, sob fiscalização e registro obrigatório pela PF.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal que apurou a tentativa de abalar o regime democrático. A defesa afirmou ter sido surpreendida com o encerramento do processo e reiterou que, devido ao estado de saúde do ex-presidente, insistirá pelo retorno ao regime de prisão domiciliar.