Polícia cumpre 13 mandados e desarticula associação criminosa envolvida em morte por engano em PG
Policial Vitrine

Polícia cumpre 13 mandados e desarticula associação criminosa envolvida em morte por engano em PG

02/12/2025 | 07:58 Por Redação MZ

A Polícia Civil do Paraná deflagrou na manhã desta terça-feira (2) a Operação “Coordenada Falsa”, destinada a cumprir 13 mandados judiciais relacionados ao homicídio de um homem inocente, morto por engano em setembro de 2024 em Ponta Grossa. A ação é conduzida pelo Setor Operacional da 13ª Subdivisão Policial (13ª SDP).

 

Ao todo, estão sendo executados sete mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão. As diligências acontecem simultaneamente em Ponta Grossa e em duas cidades de Santa Catarina, com apoio das delegacias locais para localizar e prender investigados que estavam foragidos no estado vizinho.

 

Segundo a Polícia Civil, o objetivo é desarticular toda a estrutura criminosa envolvida no crime — desde os executores e articuladores do plano, até os responsáveis por fornecer as armas usadas no ataque. As investigações também identificaram que dois suspeitos de participação já morreram.

 

 

 

 

Envolvimento de advogado e erro fatal

 

O inquérito revelou que o homicídio foi planejado com base em informações obtidas de forma indevida. Um dos principais investigados é um advogado, apontado como responsável por consultar sistemas judiciais restritos, acessar dados de monitoramento eletrônico e levantar o endereço do suposto alvo dos criminosos.

 

No entanto, ao repassar a informação ao grupo, o advogado teria fornecido o número errado do imóvel, fazendo com que os executores invadissem a casa equivocada. O erro resultou na morte de um trabalhador que dormia com sua família no momento da invasão.

 

 

 

 

Relembre o caso

 

O crime ocorreu na madrugada de 1º de setembro de 2024, quando Everton Henrique dos Santos foi executado dentro de sua residência. Criminosos armados arrombaram o imóvel e efetuaram diversos disparos contra a vítima, que não teve chance de defesa. A brutalidade da ação causou comoção e indignação na comunidade, especialmente após a confirmação de que Everton não possuía qualquer ligação com atividades ilícitas.

 

Desde o início, a Polícia Civil trabalhava com a hipótese de erro na execução do plano criminoso — linha investigativa que foi confirmada no decorrer das apurações. Os atiradores, segundo a PCPR, buscavam um rival que morava nas proximidades.

 

 

 

 

A Polícia Civil informou que os investigados detidos na operação serão interrogados e que o Inquérito Policial será concluído nos próximos dias, dentro dos prazos legais estabelecidos pelo Código de Processo Penal.

 

A Operação “Coordenada Falsa” reafirma o compromisso da 13ª SDP em responsabilizar todos os envolvidos, vivos, na morte de Everton — desde os mandantes e articuladores até os autores diretos da execução equivocada.