Acusados de assassinar advogada a mando de facção vão a júri popular em PG
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Acusados de assassinar advogada a mando de facção vão a júri popular em PG

08/04/2025 | 10:01 Por redacao mz

Os três acusados pelo assassinato da advogada Eloisa Maria Reis Guimarães, 37 anos, supostamente a mando da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), enfrentarão júri popular, conforme decisão do Tribunal de Justiça do Paraná.

Eloisa foi brutalmente assassinada com 20 tiros dentro de seu carro em março de 2022. Sua assessora, que estava no veículo como passageira, também foi atingida, mas sobreviveu. Segundo o Ministério Público (MP), o crime foi motivado por vingança, pois o PCC acreditava que a advogada havia feito uma delação que resultou na apreensão de drogas e na prisão de membros da facção. O ataque foi realizado em forma de emboscada. Os réus, Luiz Fernando Everaldo da Silva, Jean Carlos Marques Rodrigues e Daiane Cardozo, estão presos.

De acordo com o MP, Luiz Fernando foi o mentor do crime, Jean Carlos forneceu o veículo utilizado pelos assassinos, e Daiane repassou informações sobre a localização da vítima enquanto recebia carona dela.

Luiz Fernando enfrenta acusações de homicídio qualificado (por motivo torpe e emboscada) e corrupção de menor. Daiane e Jean Carlos respondem por homicídio e tentativa de homicídio qualificados (por emboscada), além de corrupção de menor. Daiane também é acusada de ter cometido os crimes mediante pagamento.

Outros dois suspeitos de envolvimento no caso morreram. O atirador foi morto em confronto com a polícia, enquanto um adolescente, apontado como motorista do grupo, foi assassinado em um possível caso de “queima de arquivo”.

Até o momento, não há data definida para o julgamento. O crime ocorreu na noite de 18 de março de 2022, uma sexta-feira.

Segundo o MP, Daiane pediu que Eloisa a levasse para casa e, durante o trajeto, informou aos outros criminosos a localização delas. Após descer do carro, os homens estacionaram atrás do veículo e dispararam contra a advogada. A assessora de Eloisa foi atingida no quadril e na perna, mas conseguiu sobreviver.

As investigações concluíram que o crime foi motivado por vingança, pois o PCC acreditava que Eloisa havia colaborado com a polícia, fornecendo informações sobre a chegada de um carregamento de drogas da facção. Essa delação resultou na apreensão de mais de três toneladas de maconha e na prisão de diversos indivíduos, incluindo o companheiro da advogada.

 

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