Uma acalorada discussão durante uma sessão do Tribunal do Júri em Cascavel/PR, tornou-se viral nas redes sociais e gerou uma forte reação por parte da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção de Cascavel. O embate envolveu os advogados Cláudio Dalledone Júnior, Adriano Bretas e Renan Pacheco Canto, além do promotor de Justiça Thiago Trevizoli Justo. O incidente ocorreu durante o julgamento de oito acusados pela morte de Ricardo de Oliveira Mauss, em fevereiro de 2020.
Durante a sessão, o promotor Justo proferiu insultos aos advogados, chamando um deles de “safado” e acusando todos de serem “pilantras”, por receber honorários “do crime” e “do tráfico”. A situação se agravou após um interrogatório, quando o promotor e os advogados quase se envolveram em confronto físico, exigindo a intervenção da Polícia Militar para acalmar os ânimos. Um vídeo do incidente, editado pelos advogados e compartilhado em suas redes sociais, não mostra a resposta dos advogados às ofensas, mas as legendas sugerem uma edição para destacar as acusações do promotor.
Em resposta ao episódio, a Ordem dos Advogados de Cascavel manifestou repúdio às ações do promotor, afirmando que tais atitudes violam as prerrogativas profissionais dos advogados, essenciais para a administração da justiça, conforme previsto na Constituição e na Lei nº 8.906/1994. “Com a serenidade e a ponderação necessárias, a OAB tomará as medidas cabíveis para garantir o respeito às prerrogativas profissionais”, declararam os representantes da OAB.
Os advogados envolvidos na discussão também se pronunciaram. Claudio Dalledone classificou as agressões como “absurdas” e “criminosas”, anunciando a intenção de levar o caso “até as últimas consequências” para que o promotor seja responsabilizado. “Esse promotor de Justiça precisa ser punido, diante de toda a sociedade, um sujeito sem equilíbrio emocional”, afirmou Dalledone.
Dalledone é um advogado muito requisitado e sempre aparece em destaque em casos famosos do cenário criminal. Ele também é conhecido por “armar grandes estruturas” nos tribunais para defender os seus clientes e chamar a atenção da imprensa. Em algumas situações de casos defendidos por Dalledone era possível ver equipes de “staff”, assessorando os bastidores do seu trabalho.
Com informações: XV Curitiba
Vídeo: Reprodução Twitter X