Após queimadas, especialistas se preocupam com os impactos da fumaça na saúde
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Após queimadas, especialistas se preocupam com os impactos da fumaça na saúde

16/09/2024 | 20:50 Por Redação Modificado em 16, setembro, 2024 7:49

 

O aumento de fumaça e fuligem no ar, agravado pelo clima seco que atinge grande parte do Brasil, tem causado desconforto, principalmente em crianças e idosos. A situação é alarmante, conforme alerta a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Margareth Dalcolmo.

“Nós, especialistas, estamos profundamente preocupados com o dano, muitas vezes agudo, [que a baixa qualidade do ar causa] ao aparelho respiratório. Estão causando rinites, asma, bronquite aguda e muita alergia respiratória, comprometendo crianças e, sobretudo, idosos, grupos que são sempre os mais vulneráveis a esse dano”, disse Margareth em entrevista à Rádio Nacional nesta segunda-feira (16).

A médica explicou que a fumaça, vinda principalmente de queimadas, carrega gases tóxicos e partículas muito finas que atingem os pulmões. “Elas também produzem monóxido de carbono, dióxido de enxofre, compostos orgânicos voláteis. Todos esses poluentes podem causar ou agravar doenças respiratórias. E, quando se agrava, para pessoas que são asmáticas ou com enfisema pulmonar, é um desastre”, destacou. Na cidade de São Paulo, por exemplo, os níveis de poluição já superam os limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Diante desse cenário, a SBPT e o Ministério da Saúde estão discutindo medidas para orientar a população sobre os cuidados necessários. Margareth recomendou algumas ações básicas, como evitar sair de casa, manter os ambientes ventilados com cuidado e beber muita água. Segundo ela, o sistema de saúde já está sobrecarregado, e é importante que pessoas com sintomas graves ou com doenças respiratórias preexistentes busquem ajuda médica.

Com informações: Agência Brasil

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