A capital ucraniana, Kiev, foi alvo de intensos bombardeios russos nesta quinta-feira (28), em uma das noites mais violentas desde o início da guerra. Segundo autoridades locais, ao menos 17 pessoas morreram, entre elas quatro crianças, e mais de 50 ficaram feridas. Os ataques começaram durante a madrugada, no horário local, e atingiram mais de 20 áreas diferentes da cidade.
De acordo com informações do governo ucraniano, mais de 620 mísseis e drones foram lançados em uma única noite, destruindo edifícios residenciais e deixando centenas de pessoas desabrigadas. Um dos alvos foi um prédio residencial totalmente destruído, onde foi registrada a maior parte das vítimas. Cerca de 500 socorristas e policiais atuam nas buscas por sobreviventes entre os escombros.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, condenou a ofensiva e afirmou que “a Rússia escolhe a balística em vez da mesa de negociações” e “continua matando em vez de acabar com a guerra”. Zelensky voltou a pedir à comunidade internacional que imponha novas sanções contra Moscou.
O prefeito de Kiev classificou o ataque como “bárbaro”, e líderes de diversas nações também se manifestaram, acusando a Rússia de “zombar dos esforços de paz”. Um prédio que abriga a missão da União Europeia também foi atingido, mas não houve feridos. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, chamou o bombardeio de “indiscriminado” e reforçou seu apoio ao povo ucraniano.
A nova ofensiva agrava ainda mais a crise humanitária na região e aumenta a pressão por uma resposta internacional mais contundente frente à escalada do conflito.