Uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada na sexta-feira (13), revelou que 36% dos brasileiros acreditam que a atuação da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, prejudica o governo Lula. Por outro lado, apenas 14% consideram que sua presença contribui positivamente para a gestão petista.

O levantamento foi realizado nos dias 10 e 11 de junho com 2.004 entrevistados em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Ainda segundo os dados, 40% disseram que Janja “nem ajuda nem atrapalha”, e outros 10% afirmaram não ter uma opinião formada sobre o tema.

Desde o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, Janja tem assumido um papel de maior visibilidade, participando ativamente de eventos oficiais, viagens internacionais e debates de políticas públicas. Essa postura, no entanto, vem dividindo opiniões e colocando a primeira-dama no centro de polêmicas.

Em resposta às críticas, Lula já saiu em defesa da esposa. Durante um evento recente, o presidente afirmou: “Para me atingir, começam a atacar a Janja. Eu digo sempre para ela: ou você para de fazer o que gosta e eles vão parar de te incomodar; ou continua falando até perceberem que não vão mudar sua ideologia.”

Entre os episódios que ganharam destaque na imprensa, está a participação de Janja em uma reunião com o presidente da China, Xi Jinping. Segundo informações divulgadas à época, ela teria sugerido que Pequim enviasse um representante ao Brasil para tratar da regulação dos algoritmos do TikTok. Lula, porém, esclareceu posteriormente que foi ele quem fez o pedido e que Janja apenas comentou sobre os impactos das plataformas digitais, especialmente para públicos vulneráveis como mulheres e crianças.

Outro momento de repercussão aconteceu no final de 2024, durante uma palestra sobre desinformação no Cria G20, no Rio de Janeiro. Janja foi interrompida por uma buzina de navio e, em tom irônico, disparou em inglês: “Fuck you, Elon Musk”, direcionando a frase ao bilionário dono da rede X (antigo Twitter).

As ações de Janja seguem gerando debates entre apoiadores e críticos do governo, com sua imagem se consolidando como um dos elementos mais visíveis – e controversos – do entorno presidencial.