A equipe da Polícia Civil de Rebouças cumpriu, na manhã de terça-feira (3), mandado de prisão temporária em face de A.L.S., suspeito de latrocínio ( roubo seguido de morte), na cidade de Ponta Grossa. O investigado foi interrogado logo após a prisão e confessou o crime, sem dar maiores detalhes.
Segundo a polícia, a investigação iniciou-se na sexta-feira (31), quando policiais civis e militares compareceram ao Parque da Pedreira, Rio Azul, onde foi verificado um corpo carbonizado em cima da caçamba de um veículo incendiado. No mesmo dia, foram realizadas diligências iniciais e foi possível identificar a vítima João Revienski Neto, 52 anos de idade, bem como verificar que o trator da vítima havia sido subtraído pelo autor.
O grande salto da investigação ocorreu após a Agência de Inteligência da 8ª Companhia Independente de Polícia Militar receber informação anônima de onde estaria o trator roubado, tendo ainda conseguido localizá-lo e conduzir ele pelo crime de receptação. Com a atuação da Polícia Militar, também foi possível identificar o autor do crime e recuperar o veículo.
A partir da qualificação do autor, a Polícia Civil apurou o local onde o investigado estaria escondido na residência de parentes em Ponta Grossa e representou ao Poder Judiciário pela prisão temporária de A.L.S., tendo sido de forma célere expedido o mandado de prisão do representado, possibilitando uma rápida resposta dos órgãos de segurança pública.
Crime brutal
Segundo as investigações, o crime foi praticado com extrema violência e crueldade. O autor do latrocínio não apenas matou a vítima durante o roubo, como posteriormente procedeu à carbonização tanto do corpo quanto do veículo, em uma clara tentativa de ocultar as evidências do delito e dificultar a identificação da vítima.
As investigações apontam que o crime teve como motivação principal a subtração de um trator Massey Fergusson 275, equipamento agrícola de alto valor comercial. O modus operandi utilizado pelo criminoso demonstra premeditação e conhecimento sobre a rotina de João Revienski Neto, que era proprietário rural da região.