Em um ato que reuniu cerca de 59.900 pessoas, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) levou seus apoiadores às ruas de São Paulo neste domingo (6), na Avenida Paulista, em um evento que ganhou destaque por sua repercussão política. O protesto, que teve como principal bandeira a defesa da anistia para os presos e investigados pelos ataques de 8 de janeiro, aconteceu no momento de maior pico de público, durante o discurso de Bolsonaro, que durou aproximadamente 26 minutos, iniciando por volta das 15h40.
A contagem do público foi realizada pelo site Poder360, que utilizou imagens aéreas de alta resolução capturadas por drone para fazer a estimativa do número de participantes durante o discurso do ex-presidente.
O evento não contou apenas com a presença de apoiadores do ex-presidente, mas também com a participação de sete governadores de diferentes estados, reforçando a amplitude política da manifestação. Estiveram presentes os governadores:
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Wilson Lima (União Brasil) – Amazonas
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Ronaldo Caiado (União Brasil) – Goiás
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Mauro Mendes (União Brasil) – Mato Grosso
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Romeu Zema (Novo) – Minas Gerais
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Ratinho Júnior (PSD) – Paraná
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Tarcísio de Freitas (Republicanos) – São Paulo
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Jorginho Mello (PL) – Santa Catarina
Quatro desses governadores, Ronaldo Caiado, Ratinho Júnior, Tarcísio de Freitas e Romeu Zema, protagonizaram uma imagem emblemática ao posarem abraçados durante o evento. Em um gesto de unidade política, os quatro publicaram em suas redes sociais a mensagem: “Unidos pela anistia”. Essa demonstração de apoio reforça a ideia de que, para a direita, a figura de Bolsonaro continua central, especialmente pensando nas eleições presidenciais de 2026, quando esses nomes estão cotados para disputar o Planalto.
A presença de figuras que, em algum momento, tiveram atritos com Bolsonaro também chama atenção. Entre os destaques, estão o governador Ronaldo Caiado, que foi chamado de “covarde” por Bolsonaro em setembro de 2024, e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil-PR), que também compareceu ao evento, apesar das tensões anteriores com o ex-presidente.
No entanto, um nome relevante da direita que parece ter ficado de fora foi o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), que havia disputado a prefeitura de São Paulo em 2024. Marçal postou vídeos de sua presença em Brasília e em um evento em Alphaville, afastando-se da manifestação.
Embora Bolsonaro esteja inelegível e seja réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe, ele continua a nutrir suas ambições políticas, evitando dar apoio explícito a um possível sucessor. Para 67% dos brasileiros, o ex-presidente deveria desistir publicamente de disputar a presidência em 2026. No entanto, a movimentação de governadores e figuras de peso da direita no evento reforça que o legado político de Bolsonaro ainda tem influência no cenário político nacional, mesmo com suas limitações legais.
com informações via Poder360