Câmara do Rio cancela mais uma vez a votação que pode desarmar a Guarda Municipal
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Câmara do Rio cancela mais uma vez a votação que pode desarmar a Guarda Municipal

14/08/2024 | 08:28 Por Redação MZ Modificado em 14, agosto, 2024 8:28

A análise do projeto de lei que autoriza o armamento dos guardas municipais no Rio de Janeiro foi adiada mais uma vez nesta terça-feira (13). Esta é a 20ª vez que a votação é postergada pela Câmara dos Vereadores, que decidiu adiar a discussão por mais três sessões.

O projeto propõe que apenas grupamentos específicos da Guarda Municipal, como o Grupo de Operações Especiais e o Grupo Tático Móvel, sejam armados, e não toda a corporação. A proposta também inclui treinamento e capacitação para os agentes que utilizariam as armas.

A sessão foi marcada por protestos na galeria, onde manifestantes entoaram frases como “Guarda não é polícia” em oposição ao projeto. O vereador Doutor Gilberto (Solidariedade), um dos defensores da medida, argumentou que o armamento é essencial para proteger tanto os guardas quanto a população. Em contraste, a vereadora Tainá de Paula (PT) solicitou o arquivamento da proposta, apontando a falta de consenso na Câmara e sugerindo que a discussão seja retomada após as eleições.

Para ser aprovado, o projeto precisa do apoio de 34 dos 51 vereadores e, se aprovado, ainda passará por uma segunda votação. O Secretário Municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, e o inspetor-geral da Guarda Municipal, José Ricardo Soares da Silva, apoiam o projeto, afirmando que ele está em conformidade com a legislação federal e aumentará a segurança pública no Rio.

O debate sobre o armamento da Guarda Municipal divide opiniões entre os candidatos à prefeitura. Cerca de um terço dos 14 candidatos manifestaram apoio ao armamento em seus programas de governo. Entre eles, Alexandre Ramagem, apoiado por Bolsonaro, defende a armamentação dos sete mil agentes da Guarda Municipal como medida contra a criminalidade.

O atual prefeito, Eduardo Paes (PSD), propõe uma abordagem mais moderada, defendendo o armamento apenas para unidades específicas, como o Grupo de Operações Especiais e o Grupo Tático Móvel, evitando a liberação para toda a corporação.

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