A sessão, acompanhada por advogados e autoridades, resultou em 6 votos a favor da cassação e 2 contrários, confirmando a perda do mandato do parlamentar por quebra de decoro.

Lucas Branco da Silva foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor.

As acusações pesaram na decisão dos vereadores, que consideraram incompatível a permanência do parlamentar no exercício da função pública. O advogado da Câmara Municipal, dr. Paulo Roberto Ferraz, fez a leitura do parecer final do processo, fundamentando juridicamente a votação pela perda do mandato.

Durante a votação, a vereadora Cleri Lins solicitou um prazo de uma semana para analisar o caso, alegando que não estava a par do processo e que precisava de mais tempo para estudar a situação. No entanto, o pedido foi negado pelo presidente da Câmara, Miguel dos Anjos Dias, que argumentou que o processo já tramitava há aproximadamente três meses na Casa e estava à disposição de todos os vereadores. Segundo ele, “quem não teve conhecimento, foi porque não correu atrás para procurar saber e ficar a par da situação”.

Já o advogado de defesa do vereador, Luiz Augusto Ribeiro Franco, declarou que o caso se trata de uma perseguição política por parte da gestão atual. Ele também afirmou que “a juíza em si vai ficar com vergonha, vai ficar com consciência pesada pelo ato realizado envolvendo o suposto acusado Lucas Branco da Silva”.

A votação foi marcada por grande expectativa e repercussão na comunidade local, que já vinha acompanhando o caso com indignação.

Com a decisão da Câmara, o suplente, que já havia assumido provisoriamente, passa agora a ocupar o cargo de vereador de forma definitiva, dando continuidade aos trabalhos legislativos.