Ensinar com drones é uma realidade na rede estadual de educação do Paraná. Ao todo, 39 drones estão em operação nos colégios agrícolas do Paraná, onde alunos aprendem, diariamente, sobre o funcionamento, a operação e a pilotagem dos equipamentos que se tornaram protagonistas do setor agropecuário. O Centro de Ensino Profissional Olegário de Macedo ( colégio Ceepom), de Castro, é um dos estabelecimentos de ensino com drone à disposição.
Dez drones específicos para pulverização estão distribuídos entre os colégios agrícolas de Arapoti, Castro, Clevelândia, Foz do Iguaçu, Goioerê, Guarapuava, Palmeira, Ponta Grossa, Santa Mariana e Umuarama. Desses, sete foram adquiridos pela Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) em 2025, com investimento superior a R$ 850 mil.
“Investir em tecnologia significa alinhar as práticas pedagógicas dos colégios agrícolas às novas demandas do agronegócio e à realidade do campo de hoje. Com os investimentos realizados em 2025, o Governo do Estado assegura uma formação técnica com ainda mais excelência aos alunos dos colégios agrícolas”, destaca o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.
Conforme regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os drones de pulverização só podem ser pilotados por professores ou estudantes maiores de idade que tenham realizado curso preparatório. Ainda assim, todos os alunos aprendem sobre o manejo e a operação com os equipamentos em demonstrações teóricas e práticas nas lavouras das Unidades Didático-Produtivas (UDP) das escolas.
Além disso, desde 2023, todos os 29 colégios agrícolas do Paraná contam com drones de filmagem, que podem ser operados por todos os professores e estudantes. Voltados ao mapeamento de áreas produtivas, os dispositivos foram obtidos por meio de parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Conforme o coordenador de Colégios Agrícolas da Seed-PR, Renato Hey Gondin, todos os 7,5 mil alunos de colégios agrícolas do Paraná são diretamente beneficiados pelo uso dos drones. “São equipamentos que os alunos costumam ver só pela internet ou pela TV, e, nos colégios agrícolas, têm a oportunidade de conhecer e operar. Hoje, não tem como um estudante se formar dentro de um colégio agrícola sem ter algum contato com um drone de imagem, um drone de pulverização ou ambos, porque isso está na ementa do curso”, afirma.
O contato direto com os drones ocorre nos componentes curriculares de Agricultura de Precisão e Produção Vegetal, que integram a grade curricular dos cursos técnicos em Agropecuária e Agricultura. Além disso, os equipamentos são usados na prática no cultivo das lavouras das UDPs, onde professores e estudantes mantêm produções agropecuárias diversificadas.
Atualmente, o Governo do Estado, por meio da Seed-PR, mantém 29 colégios agrícolas, que atendem cerca de 7,5 mil estudantes em diversas regiões do Paraná. As instituições integram a rede estadual de ensino e oferecem formação técnica aliada à educação básica, com cursos que abrangem agricultura, agropecuária, meio ambiente, saúde e tecnologia.