O estado do Rio Grande do Sul está vivenciando uma das maiores tragédias de sua história recente devido a inundações catastróficas. Desde o dia 26 de abril, chuvas torrenciais têm causado destruição em massa, resultando em pelo menos 116 fatalidades e deixando 143 pessoas desaparecidas até o momento.
A Defesa Civil do estado tem trabalhado incessantemente para atualizar as informações sobre as vítimas e desaparecidos, com uma lista que já ultrapassa seis páginas e continua a crescer. Dentre as vítimas, estão um casal de Bento Gonçalves, cuja residência foi devastada pelas águas, e uma de suas filhas figura na lista de desaparecidos.
A situação é ainda mais grave, pois há casos não registrados oficialmente, como o de uma criança de sete meses que se perdeu nas águas durante o resgate de sua família. Enquanto sua mãe e irmãos foram salvos, o destino da criança permanece incerto, apesar de relatos conflitantes sobre seu resgate.
As chuvas afetaram aproximadamente 1,9 milhão de pessoas em 437 municípios, com inúmeros casos de inundações, alagamentos e deslizamentos. Mais de 337 mil indivíduos foram forçados a buscar refúgio temporário com familiares ou amigos, enquanto cerca de 70 mil estão desabrigados, dependendo de abrigos públicos ou de instituições de caridade.
Diante da magnitude dos danos, o governador Eduardo Leite enfatizou a necessidade de adaptação a um novo cenário de eventos climáticos extremos, que têm se tornado mais frequentes devido às mudanças climáticas. Ele destacou a importância de reforçar as estruturas existentes e de desenvolver sistemas de proteção e defesa mais robustos, além de melhorar os sistemas de alerta e informação para a população lidar com tais eventos extremos. Leite reiterou o compromisso do estado e do país em elevar o nível de preparação técnica, tecnológica e de recursos para enfrentar essas situações excepcionais.
Com informações: Agência Brasil
Foto: Gustavo Mansur
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