Com ‘base fiel’ reduzida, presidente tem cobrado apoio de partidos com ministérios
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Com ‘base fiel’ reduzida, presidente tem cobrado apoio de partidos com ministérios

27/01/2025 | 09:00 Por redacao mz

Desde 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem buscado atrair partidos do Centrão para fortalecer sua base aliada no Congresso. A “base fiel” de Lula, composta por partidos como PT, PSB, PCdoB e PSOL, conta com cerca de 130 dos 513 deputados. Para reverter o cenário adverso, Lula tenta conquistar aliados no Centrão, um bloco informal de partidos que não são totalmente alinhados à esquerda ou à direita.

Esses partidos já integraram governos anteriores, como os de Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro, e agora estão com Lula. No entanto, o fato de comandarem ministérios não significa que sejam efetivamente da base. Os votos do Centrão podem ser decisivos na aprovação ou rejeição de matérias no Congresso.

Durante uma reunião ministerial, Lula destacou a importância de manter os partidos alinhados com o governo, mas há incertezas sobre o apoio dessas legendas em 2026. Informações de bastidores indicam que os partidos do Centrão têm cobrado mais ministérios na Esplanada.

Na última segunda-feira (20), durante reunião ministerial, Lula comentou a relação do governo com o Congresso e fez um comentário que foi visto, entre analistas, como um recado ao Centrão.

“Eu quero conversar com vocês sobre os partidos que estão alinhados conosco. Temos vários partidos políticos, eu quero que esses partidos continuem junto, mas estamos chegando no processo eleitoral e a gente não sabe se os partidos que vocês representam querem continuar trabalhando conosco ou não”, ponderou o petista.

Para aprovar projetos de lei, o governo precisa de 257 votos, o que exige o apoio de cerca de 130 deputados de partidos que não integram a base “fiel”. Em votações de emendas à Constituição, são necessários 308 votos, tornando o apoio do Centrão ainda mais crucial.

O comportamento dos partidos do Centrão é variado. O PSD, por exemplo, tem ministério no governo Lula, mas também apoia o governo de Tarcísio Gomes de Freitas em São Paulo. O União Brasil comanda ministérios, mas tem o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como opositor de Lula. O PP, por sua vez, tem ministério no governo Lula, mas seu presidente, Ciro Nogueira, faz oposição ao presidente e apoia Bolsonaro.

com informações via g1

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