A recente medida do governo dos Estados Unidos, anunciada na quinta-feira (22), gerou apreensão entre brasileiros que planejavam iniciar seus estudos em Harvard nos próximos meses. A decisão de revogar a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio da universidade impede, na prática, a matrícula de alunos estrangeiros, causando incerteza e preocupação entre aqueles que já haviam se preparado para a mudança.
Segundo relatos, grupos de estudantes brasileiros em plataformas digitais foram tomados por questionamentos e receios sobre a possibilidade de ingresso nos EUA.
O governo dos EUA justificou a revogação alegando que Harvard não estaria cumprindo certas exigências legais. Em um comunicado, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, enfatizou que a medida servia como um alerta para todas as instituições acadêmicas do país.
Desde o início de sua gestão, o presidente Donald Trump tem adotado uma postura mais rigorosa em relação às universidades americanas, pressionando-as a se alinharem à sua agenda política. Medidas como cortes de financiamento para pesquisa científica já foram utilizadas como forma de retaliação contra instituições que, segundo o governo, não colaboram com suas diretrizes.
Para que Harvard volte a matricular estudantes estrangeiros, o governo estabeleceu uma série de requisitos, incluindo o acesso a registros disciplinares de alunos americanos dos últimos cinco anos, além da entrega de documentos, vídeos e áudios sobre atividades consideradas “ilegais” ou “perigosas” no campus.