Nesta quinta-feira (28), o dólar abriu em alta e atingiu a marca histórica de R$ 6, enquanto investidores aguardavam detalhes sobre o pacote de corte de gastos e a isenção do Imposto de Renda para contribuintes com renda de até R$ 5 mil. Em contraste, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, operava em baixa.
Pela manhã, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Planejamento, Simone Tebet, e da Casa Civil, Rui Costa, realizaram uma coletiva de imprensa para esclarecer mais detalhes do pacote anunciado no dia anterior. As medidas, apresentadas por Haddad em um pronunciamento em rede nacional, incluem um corte de gastos de R$ 70 bilhões para os anos de 2025 e 2026. Entre as ações previstas estão a limitação do crescimento do salário mínimo, restrições ao abono salarial e uma alíquota de 10% de imposto para pessoas com renda anual superior a R$ 600 mil.
Além disso, o governo propôs a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Atualmente, o limite de isenção é de R$ 2.824.
O anúncio, no entanto, gerou reações mistas no mercado financeiro. Embora o pacote tenha cumprido a expectativa de economia, a isenção do IR pode representar um custo elevado para o governo. Às 11h50, o dólar subia 1,30%, cotado a R$ 5,9894, e chegou a R$ 6,009 na máxima do dia.