O dólar à vista (USDBRL) renovou sua máxima intradia, alcançando na manhã de hoje (21) R$ 5,7351, uma alta de 0,64%. Este é o maior valor registrado desde agosto, quando a moeda norte-americana atingiu R$ 5,8658 no dia 5. O movimento reflete uma tendência observada no mercado internacional, onde o índice DXY — que compara o dólar a uma cesta de seis divisas — subia 0,11 por volta das 10h (horário de Brasília).

A recente decisão do Banco Popular da China (PBoC) de cortar as taxas de juros em 25 pontos-base, reduzindo a taxa de um ano de 3,35% para 3,1% e a taxa de cinco anos de 3,85% para 3,6%, também impactou o mercado. Essa ação faz parte de um pacote de estímulos para impulsionar a economia chinesa, o que resultou em um comportamento positivo nas commodities. O preço do minério de ferro, por exemplo, subiu 1,45% na Bolsa de Dalian, sendo cotado a US$ 108,35 a tonelada.

Entretanto, a valorização das moedas de países emergentes, como o Brasil, é contrabalançada pela cautela em relação ao cenário econômico interno. Com as eleições presidenciais nos Estados Unidos se aproximando, o ambiente permanece tenso.

No Brasil, a preocupação com o cenário fiscal continua a pesar sobre o mercado, especialmente até que o governo revele medidas concretas para o controle dos gastos públicos. O Executivo prometeu anunciar novas ações de contenção de despesas após o segundo turno das eleições municipais, marcado para 27 de outubro, visando atender as exigências do arcabouço fiscal.