Ex-Corinthians sofre golpe milionário com criptomoedas
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Ex-Corinthians sofre golpe milionário com criptomoedas

17/09/2024 | 09:58 Por Redação MZ Modificado em 17, setembro, 2024 9:58

O ex-volante Jucilei, conhecido por suas passagens pelo Corinthians, São Paulo e pela seleção brasileira, se tornou uma das vítimas de um esquema fraudulento de criptomoedas revelado recentemente em uma reportagem do programa Fantástico. O golpe prometia grandes lucros através de investimentos em bitcoins e causou um prejuízo estimado em R$ 45 milhões para o ex-jogador, que se aposentou em 2022.

A investigação do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos revelou que o esquema, operado sob a fachada da empresa Forcount, movimentou cerca de US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 280 milhões). O suposto CEO da Forcount, Salvador Molina, que se apresentava nas redes sociais como o responsável pela empresa, era na verdade um ator contratado para dar credibilidade ao golpe.

O verdadeiro responsável pela fraude é Francisley Valdevino da Silva, também conhecido como “Sheik do Bitcoin”, um brasileiro residente no Paraná. O esquema de Francisley envolvia duas empresas no Brasil: Rental Coins e InterAg. A Polícia Federal, que colaborou com os agentes americanos, conduziu uma operação com mandados de busca e apreensão em 20 locais relacionados a ele.

A investigação revelou que, em 2022, a estrutura criminosa de Francisley movimentou cerca de R$ 4 bilhões e afetou aproximadamente 15 mil investidores no Brasil. Apesar de ter sido preso anteriormente, o “Sheik do Bitcoin” continuou a montar novos esquemas, utilizando os nomes de ex-funcionários para abrir novas empresas. Recentemente, ele foi novamente preso pela Polícia Federal.

De acordo com o advogado das vítimas, Bernardo Regueira Campos, Francisley sempre exibiu um estilo de vida opulento e recebia pessoas em sua casa como um “bom anfitrião”, o que ajudou a enganar os investidores. Agora o “sheik” enfrenta acusações de lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraudes contra o sistema financeiro no Brasil e é réu, junto com os sócios da Forcount, em um processo semelhante nos Estados Unidos.

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