O secretário de Relações Internacionais de São Paulo, Aldo Rebelo (licenciado do PDT), afirmou que Jair Bolsonaro (PL) está sendo perseguido pela Justiça brasileira. A declaração foi feita em entrevista ao jornal O Globo, na última terça-feira (26).

Na avaliação de Rebelo, há um esforço em excluir Bolsonaro do cenário político, sob a justificativa de tentativa de um golpe de Estado. No entanto, para o secretário, os eventos caracterizados como golpistas e alvos de investigação, não seguem o “manual do golpe de Estado”. Isso porque os atos foram registrados por minuta, apresentados em reunião ministerial e gravados, além de terem recebido apoio político e institucional.

Por fim, o ex-ministro sinaliza “apreço” por Bolsonaro, mesmo sem encontros pessoais frequentes e apesar das diferenças políticas sobre alguns temas. Quanto ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Rebelo afirmou que o presidente tem errado mais do que acertado sobretudo no que diz respeito ao “permanente conflito com o principal adversário dele, que é o ex-presidente Jair Bolsonaro”.

Outro ponto observado por Rebelo sobre a atual gestão presidencial é o posicionamento “agressivo em relação ao setor do agronegócio” e ainda caracteriza Lula como irritado por ter “pouca paciência para a política”.

Vale lembrar que Rebelo atuou no governo Lula (PT), em 2004, à frente da Secretaria de Coordenação Política e Relações Institucionais. Também esteve presente no governo de Dilma Rousseff (PT), como ministro do Esporte entre 2011 e 2015; ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, entre janeiro e outubro de 2015; e ministro da Defesa, entre outubro de 2015 e maio de 2016.

Após uma longa trajetória no Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Rebelo decidiu se filiar ao PDT, em 2022, e no momento está afastado do partido para retornar ao jogo político como vice na chapa de Ricardo Nunes (MDB) à reeleição para a Prefeitura de São Paulo.

com informações de UOL, CNN e OGlobo