Ex-tenente da PM é absolvido em julgamento pela morte de Leandro Lo
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Ex-tenente da PM é absolvido em julgamento pela morte de Leandro Lo

15/11/2025 | 16:30 Por redacao mz

O ex-tenente da Polícia Militar Henrique Otávio Oliveira Velozo foi absolvido pelo 1º Tribunal do Júri de São Paulo nesta sexta-feira (14), no processo que investigava a morte do multicampeão de jiu-jitsu Leandro Lo. A decisão, tomada pelo Conselho de Sentença após três dias de julgamento no Fórum da Barra Funda, acolheu a tese apresentada pela defesa de que o policial teria agido em legítima defesa.

“Desde o início, a defesa demonstrou, por meio de provas e análises técnicas, que Henrique Velozo agiu em legítima defesa, depois de ser agredido e desmaiado por Leandro Lo. Nada encaixava com a dinâmica real dos fatos. E foi justamente isso que a defesa conseguiu expor ao longo do julgamento. Testemunha após testemunha, mostramos que o próprio conjunto probatório desmontava a versão inicial”, declarou o advogado Cláudio Dalledone Junior, responsável pela defesa do ex-militar.

Leandro Lo foi baleado na cabeça durante um show no Esporte Clube Sírio, na zona Sul da capital paulista, na madrugada de 7 de agosto de 2022. O atleta, oito vezes campeão mundial de jiu-jitsu, não resistiu aos ferimentos.

O Ministério Público sustentava que o crime ocorreu após uma discussão em que Lo teria derrubado Velozo no chão. De acordo com a acusação, o policial deixou o local e retornou armado, efetuando o disparo que matou o lutador. A denúncia também apontava que, após o tiro, o então tenente ainda teria desferido chutes contra Lo, que já estava inconsciente.

O Conselho de Sentença, composto por sete jurados, optou pela absolvição por maioria dos votos. Esse colegiado é responsável pelo julgamento de crimes dolosos contra a vida.

Preso preventivamente desde 2022 no presídio militar Romão Gomes, Velozo havia sido transferido para o sistema prisional comum em outubro de 2025. Ele se apresentou espontaneamente à Corregedoria da Polícia Militar no dia seguinte ao crime e foi encaminhado à delegacia para prestar depoimento. Na época, foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil.