A família do pequeno Theo Henrique Vieira da Luz que faleceu devido um apendicite aguda, em Londrina, no norte do Paraná, acusa dois hospitais da cidade de negligência.
A mãe do garoto afirmou à imprensa que o filho passou mal no dia 1º de junho e foi levado ao Hospital da Zona Sul da cidade. A princípio, o menino teve alta após os médicos o diagnosticarem com uma virose.
Em seguida, a mãe percebeu que o filho ainda estava com muita dor e a mãe procurou atendimento no pronto atendimento infantil. Após ser consultado, o garoto foi transferido ao Hospital Universitário (HU), onde ficou internado por dois dias. Ele foi liberado pela segunda vez depois de passar por um ultrassom.
Janaína contou que no dia 9 de julho, percebeu que Theo estava piorando e retornou com ele ao Hospital Zona Sul. O menino estava com apendicite e foi transferido ao HU com urgência. O quadro de saúde dele era grave.
Um dia depois, no aniversário do menino Theo, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória durante uma cirurgia. Ele ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde passou por uma nova cirurgia e morreu no dia 18 de junho.
Na certidão de óbito, a causa da morte foi descrita como edema cerebral, parada cardíaca com ressuscitação bem sucedida, infecção generalizada e apendicite aguda.
Theo Henrique foi sepultado em 19 de junho, data do aniversário do próprio pai. A família registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil. “O depoimento foi grande. Passamos todas as receitas que passaram para ele, tratando como virose. Eu não quero ver ninguém passando o que meu filho passou. Quero justiça pelas crianças”, lamentou a mãe.
A advogada da família, Amanda Bavutti, afirma que o menino passou por três hospitais e que houve sim negligência no atendimento da criança. “Nós vamos buscar indenização pelos danos materiais e morais ocasionados”.
A delegada que investiga o caso, Lívia Pini, relatou em entrevista coletiva que já recolheu os depoimentos de familiares do garoto. “Relataram os mesmos fatos do boletim de ocorrência. Certamente é uma situação bem incomum, por isso será investigado”.
A polícia aguarda laudos do Instituto Médico Legal (IML) e também os prontuários médicos. A delegada confirmou que há indícios de que houve negligência e que isso será apurado.