A partida entre Operário Ferroviário e CRB, realizada na noite de quinta-feira (17) no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, teve dois minutos de atraso no início devido à demora da equipe visitante no protocolo de entrada em campo. No entanto, o fato mais grave da noite foi registrado aos 46 minutos do primeiro tempo: gritos homofóbicos partiram das arquibancadas em direção à equipe de arbitragem.
Conforme relatado na súmula da arbitragem, torcedores da equipe mandante proferiram ofensas como “seus bichas, vão sentar na bandeira e na bateria”, direcionadas aos árbitros. Após comunicação do ocorrido ao delegado da partida, o sistema de som do estádio foi utilizado para pedir o fim das manifestações preconceituosas. A atitude teve efeito, e os gritos não se repetiram ao longo do jogo, que seguiu normalmente até o apito final.
Segundo informações, o autor dos gritos foi identificado ainda durante a partida e imediatamente retirado da arquibancada. Ele foi conduzido por seguranças e, na sequência, pela Polícia Militar para os procedimentos legais.
Em nota oficial, o Operário Ferroviário Esporte Clube se posicionou de forma contundente contra qualquer tipo de discriminação: “Reiteramos que não compactuamos, toleramos ou aceitamos qualquer tipo de comentário ou atitude homofóbica. O respeito à diversidade, à dignidade humana e à igualdade é um princípio que norteia a história e a conduta do nosso clube.”
O clube também destacou suas ações contínuas de conscientização e campanhas educativas pela promoção do respeito e da inclusão no futebol.
O jogo terminou em 1 a 1 e o resultado fez com que o Operário ficasse com 19 pontos, na 14ª colocação, 1 apenas da zona de rebaixamento.
A arbitragem da partida foi comandada por Emerson Ricardo de Almeida Andrade (BA), os auxiliares foram Luanderson Lima dos Santos (BA) e Daniella Coutinho Pinto (BA), e o VAR com Vinicius Furlan (SP) e o quatro árbitro Matheus Bortolini (PR)
imagem: reprodução via Instagram/OFEC
informações via Assessoria de Imprensa do Operário