Guerra na Ucrânia completa dois anos sem sinal de acordo
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Guerra na Ucrânia completa dois anos sem sinal de acordo

23/02/2024 | 18:10 Por Redação Modificado em 23, fevereiro, 2024 4:32

Neste sábado (24), marca-se o segundo aniversário do conflito na Ucrânia, que persiste sem qualquer sinal de avanço em direção a um acordo para cessar-fogo. De um lado, as forças russas procuram consolidar seu domínio nas regiões anexadas; do outro, os ucranianos clamam por mais recursos para reconquistar esses territórios perdidos.

De acordo com os dados mais recentes divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 10 mil civis perderam suas vidas no conflito, incluindo 560 crianças. As baixas militares, por sua vez, permanecem incertas, embora uma reportagem do jornal The New York Times sugira que o número de soldados mortos possa chegar a meio milhão.

A capital ucraniana, Kiev, e outras grandes cidades enfrentam constantes ataques, levando os cidadãos a se refugiarem em estações de metrô transformadas em abrigos temporários. A deputada ucraniana Kyra Rudyk, líder de um grupo de resistência desde o início da invasão, descreve o cotidiano como marcado por funerais frequentes e pela incerteza sobre o amanhã.

Apesar dos esforços, a contraofensiva liderada pelo presidente Volodymyr Zelensky não alcançou os resultados esperados. A Rússia mantém o controle de aproximadamente 18% do território ucraniano ao longo da fronteira leste, além da Crimeia e de outras regiões que passaram por referendos ilegais de anexação.

Zelensky atribui parte do fracasso na recuperação territorial à escassez de armamento. No entanto, a resolução do conflito depende não apenas da situação militar no terreno, mas também de decisões políticas tomadas em Washington e Bruxelas. O governo americano enfrenta resistência política interna, enquanto Vladimir Putin, da Rússia, busca fortalecer sua posição no contexto das próximas eleições presidenciais russas.

Analistas observam que diante desses desafios, um acordo de paz parece cada vez mais distante, prolongando o sofrimento e a incerteza para os civis afetados pelo conflito na Ucrânia.

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