O Exército de Israel anunciou nesta quarta-feira (29) a retomada do cessar-fogo na Faixa de Gaza, após uma série de bombardeios que, segundo autoridades locais, mataram ao menos 104 pessoas. Esta foi a segunda vez que as forças israelenses realizaram ataques ao enclave desde o início da trégua no conflito com o Hamas.
Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que as ofensivas foram uma resposta a violações do Hamas e que, após os ataques, o país voltou a aplicar o acordo de cessar-fogo.
“De acordo com a diretriz da liderança política e após uma série de ataques nos quais dezenas de alvos terroristas foram atingidos, as IDF iniciaram a retomada da aplicação do cessar-fogo em resposta às violações do Hamas. As forças continuarão a manter o acordo e responderão firmemente a qualquer violação”, diz a nota oficial.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que os bombardeios foram uma retaliação a ataques contra tropas israelenses posicionadas na nova linha de controle e pela demora na entrega dos 13 corpos restantes de reféns israelenses.
Na terça-feira (28), o governo israelense havia ordenado novos ataques imediatos em Gaza, mesmo com o acordo de trégua em vigor.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou o episódio e afirmou que o cessar-fogo “não está em risco”, acrescentando que “o Hamas precisa se comportar”.
Por outro lado, o Hamas negou as acusações israelenses e acusou Tel Aviv de ser o responsável por violar o acordo.
O episódio reacende as tensões no Oriente Médio e lança dúvidas sobre a sustentabilidade da trégua, firmada após semanas de confrontos intensos que deixaram milhares de mortos e feridos em Gaza.





