Israel intensifica bombardeios e mata 123 em Gaza em 24 horas
Mundo Policial

Israel intensifica bombardeios e mata 123 em Gaza em 24 horas

13/08/2025 | 14:00 Por Redação MZ

Foto: reprodução.

As Forças Armadas de Israel bombardearam a Cidade de Gaza nesta quarta-feira (13), matando ao menos 123 pessoas em 24 horas.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, o ataque aéreo atingiu bairros densamente povoados como Zeitoun e Shejaia, destruindo diversas residências.

O hospital Al-Ahli relatou a morte de 12 civis após um bombardeio atingir uma casa no bairro de Zeitoun.

Além disso, tanques israelenses avançaram em Khan Younis, no sul de Gaza, destruindo casas e forçando moradores a fugir às pressas.

Médicos palestinos disseram que tiros israelenses mataram nove civis que buscavam ajuda humanitária no centro da Faixa de Gaza.

Apesar da pressão internacional, os militares israelenses não comentaram os recentes ataques ou as mortes relatadas por autoridades locais.

Enquanto isso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, voltou a defender a saída voluntária dos palestinos da Faixa de Gaza.

“Todos aqueles que se preocupam com os palestinos deveriam abrir seus portões”, afirmou Netanyahu em entrevista à emissora israelense i24NEWS.

Ele negou que o país esteja forçando expulsões e declarou: “Eles não estão sendo expulsos, terão permissão para sair”.

A fala gerou reações negativas no mundo árabe, que comparou a situação atual à Nakba, a “catástrofe” de 1948.

De acordo com autoridades israelenses, a retomada da Cidade de Gaza está planejada, mas deve levar semanas até ser executada.

Embora ainda haja possibilidade de cessar-fogo, as negociações seguem estagnadas, e os ataques continuam intensificando o conflito.

Bombardeios israelenses matam civis

Nos últimos ataques, oito pessoas, incluindo três crianças, morreram de fome e desnutrição, informou o Ministério da Saúde de Gaza.

Com isso, o número de mortes por causas relacionadas à fome subiu para 235 desde o início da guerra, incluindo 106 crianças.

Israel contesta os dados divulgados pelo Hamas, que controla o Ministério da Saúde, e nega responsabilidade pela crise alimentar.

Apesar disso, a situação humanitária na Faixa de Gaza continua crítica, com bloqueios dificultando a entrada de ajuda internacional.