Jaguariaíva chega aos 202 anos de emancipação política nesta segunda-feira (15), assim como a cidade de Ponta Grossa – as duas localizadas nos Campos Gerais. Ao contrário de outras datas marcadas por festas de grande porte, a Prefeitura optou por uma programação mais discreta neste ano.
O motivo, segundo a administração municipal, está diretamente ligado ao impacto do chamado tarifaço norte-americano, que elevou em 50% as tarifas sobre produtos brasileiros, atingindo especialmente o setor madeireiro e refletindo na economia local.
A gestão municipal destacou que a escolha de reduzir os gastos foi motivada tanto pela responsabilidade com os cofres públicos quanto pela empatia com as famílias e empresas que sofreram perdas significativas em função da crise.
As comemorações tiveram início no fim de semana, com a Feira da Lua em edição especial, que trouxe música com artistas locais, feira de artesanato e praça de alimentação. Já nesta segunda-feira, as atividades seguem em tom mais solene, com ato cívico em frente à sede da Prefeitura, na Praça Isabel Branco, e missa em ação de graças.
Pelas redes sociais, uma mensagem da prefeitura foi divulgada, em tom de agradecimento e que a cidade vai se reerguer mesmo com a alta tarifa da exportação imposta pelo governo de Donald Trump.
O prefeito Juca Sloboda foi procurado para deixar uma mensagem e comentar expectativas para o futuro, mas, até o fechamento da matéria, não havia respondido.
Memória e tradição
Com raízes históricas ligadas ao Caminho das Tropas — importante rota do século XIX usada para o transporte de gado e mercadorias — Jaguariaíva foi elevada a freguesia em 15 de setembro de 1823 e alcançou a emancipação em 1892. Localizada em uma região estratégica, a cidade se consolidou ao longo do tempo como referência cultural, turística e histórica dos Campos Gerais, abrigando atrativos como o Parque Estadual do Cerrado e o Rio Capivari.
Para muitos, o município tem o título de “A melhor do Paraná”, motivo que orgulha sua população.