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Empresas em Castro e Jaguariaíva lavavam dinheiro de cobranças irregulares na PR-151, aponta relatório do Gaeco

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Um relatório técnico produzido em janeiro de 2025 deu origem à Operação Via PIX, conduzido pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MPPR). A investigação revelou indícios de um esquema de cobrança de propina e lavagem de dinheiro envolvendo policiais rodoviários, empresas e civis em diversas cidades dos Campos Gerais.

O documento, encaminhado ao Gaeco, apontava a existência de cobranças irregulares durante abordagens na rodovia que liga Jaguariaíva e Sengés, a PR-151 – assim como na PR-239. Segundo o relatório, motoristas — em sua maioria caminhoneiros — relataram ter sido coagidos a efetuar pagamentos em dinheiro ou via transferência PIX, muitas vezes para contas de terceiros ou de empresas usadas como fachada, a fim de evitar multas ou apreensões de veículos.

As denúncias levaram à deflagração de uma grande operação. O Núcleo de Ponta Grossa do Gaeco, com apoio da Corregedoria da Polícia Militar, cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em residências e postos policiais nos municípios de Ponta Grossa, Castro, Piraí do Sul, Telêmaco Borba, Jaguariaíva, Arapoti, Wenceslau Braz e Siqueira Campos. A Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual também determinou o afastamento de sete policiais rodoviários das funções operacionais e o bloqueio de contas bancárias ligadas aos suspeitos.

O relatório analisado indicava que as abordagens ocorriam em pontos estratégicos das rodovias, onde a cobertura de telefonia era precária — o que dificultava o rastreamento imediato das transferências. Foram anexados ao inquérito comprovantes bancários e registros de serviços que apontam a coincidência entre as datas das transações e os plantões de determinados agentes públicos.

Durante as apurações, o Gaeco identificou quase uma centena de motoristas que efetuaram pagamentos sob coação, parte deles já ouvida no inquérito. Entre dezembro de 2024 e agosto de 2025, os valores movimentados por meio das contas rastreadas somaram aproximadamente R$ 140 mil.

Além dos policiais, empresas registradas na região de Castro e Jaguariaíva teriam sido utilizadas para lavar os valores obtidos ilegalmente. O material anexado aos autos também aponta indícios de enriquecimento incompatível com a renda entre alguns dos investigados, incluindo padrão de vida elevado, viagens frequentes e veículos de alto valor.

A operação segue sob sigilo judicial. O Ministério Público informou que o objetivo é responsabilizar criminalmente os envolvidos e reestabelecer a confiança da população na fiscalização rodoviária.

imagem: reprodução via Google Street

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