A prefeita reeleita de Barra do Bugres (MT), Maria Azenilda Pereira (Republicanos), teve seu registro de candidatura cassado pela Justiça Eleitoral, após ser acusada de envolvimento em esquema de compra de votos nas eleições municipais. A decisão, tomada pelo juiz Arom Olímpio Pereira, determina também a inelegibilidade de Maria Azenilda por 8 anos, além de uma multa de R$ 200 mil. O juiz ainda determinou que novas eleições sejam realizadas em janeiro de 2025.
Além da prefeita, o vice-prefeito eleito, Arthur José Franco Pereira, também teve seu registro cassado e, assim como Maria Azenilda, será responsável pelo pagamento da multa imposta pela Justiça Eleitoral.
De acordo com as investigações, o filho de Maria Azenilda, Carlos Luiz Pereira Neto, conhecido como Cacá e atualmente secretário de Administração no município, teria oferecido R$ 2 mil a Luciana Viana da Silva, em um comício de sua mãe, para garantir seu voto e apoio político à candidatura da prefeita. Além disso, o juiz apontou que outros familiares estariam envolvidos no esquema. Arnaldo Pereira, pai de Cacá e marido de Maria Azenilda, e Rosandria Cardoso da Silva, esposa de Arthur, teriam oferecido benefícios à Luciana, incluindo a construção de um muro em sua casa e uma oferta de emprego, caso ela votasse na chapa encabeçada por Maria Azenilda.
As evidências foram apresentadas durante a audiência de instrução, onde Luciana entregou seu celular à Justiça, revelando conversas no WhatsApp com o contato identificado como ‘Kaká Veterinário’, que confirmavam a troca de dinheiro por votos. A troca de mensagens foi analisada pela defesa, que teve acesso ao aparelho para verificar a veracidade das informações.
Em sua decisão, o juiz afirmou que “é inegável o envolvimento direto de Carlos Luiz Pereira Neto nos fatos noticiados”, destacando que ele entregou a quantia de R$ 2 mil em espécie a Luciana Viana da Silva, além de prometer benefícios em troca de seu apoio à candidatura de Maria Azenilda. A decisão também enfatizou que a compra de votos, além de ser uma prática ilegal, compromete a integridade do processo eleitoral.
A defesa de Maria Azenilda, por sua vez, negou as acusações, afirmando em nota que as informações sobre a compra de votos são falsas e que a situação será esclarecida oportunamente junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
com informações via g1