Após 139 dias de investigação, o Instituto Médico Legal (IML), através de um laudo, descartou a presença de indícios de crime sexual no corpo de uma menina de 6 anos, falecida em circunstâncias que geraram acusações iniciais contra o pai, em Carambeí. A informação foi confirmada pelos advogados de defesa, dr. Guilherme Machado e dra. Caroline Calsavara, na sexta-feira (24).
O exame apontou que o óbito ocorreu por causas naturais e sem nenhuma presença de material que configurasse crime ou violência sexual. A criança sofria de de asma que se agravaram, e também um problema cardíaco.
Os advogados afirmaram desde o início do caso, ocorrido no dia 7 de setembro de 2024, que o pai era inocente e destacaram que o laudo reforça essa versão dos fatos. O caso foi muito repercutido em toda a região após acusações de abuso sexual serem noticiadas, com a má apuração dos fatos.
A criança faleceu durante o trajeto até a unidade de saúde de Carambeí, distante 35 quilômetros da casa em que residia. O pai foi preso pela Polícia Militar e encaminhado para a delegacia de Polícia Civil do Paraná (PCPR), em Carambeí, onde posteriormente foi levado à Cadeia Pública de Castro. Ele ficou mais de 24 horas preso, sem poder acompanhar o velório e o sepultamento da filha, que ocorreram em Tibagi.
Ainda em andamento, o inquérito inclui a coleta de depoimentos da médica que atendeu a criança e da perita responsável pelo laudo necroscópico. Os advogados de defesa ainda confirmaram que a PCPR segue apurando os detalhes para esclarecer completamente as circunstâncias do falecimento.
Em comunicado oficial, a defesa afirmou que após a conclusão do inquérito tomará medidas legais contra o que considera uma acusação infundada e cobrará retratação de veículos de imprensa que divulgaram informações sobre supostos ferimentos em partes íntimas da criança.
O caso segue sob investigação pelas autoridades competentes, que ainda não apresentaram a conclusão sobre os acontecimentos. Após a conclusão das investigações, será estudado um pedido de indenização. As autoridades ainda não se manifestaram sobre o caso.