O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, tem afirmado a interlocutores que avalia ter cumprido sua missão à frente da pasta e que, por isso, deve deixar o cargo no início do ano, embora destaque que qualquer definição depende de uma decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O tema, segundo relatos de pessoas próximas, já teria sido tratado em conversas informais com o presidente.
A informação foi publicada pelo jornal O Globo, que descreve o movimento do ministro nos bastidores como uma combinação de balanço de gestão e expectativa sobre os próximos passos no governo. De acordo com a reportagem, Lewandowski tem dito que seu futuro no Executivo está condicionado à avaliação do presidente, com quem mantém relação de proximidade e diálogo constante, especialmente no campo jurídico.
Lewandowski assumiu o comando do Ministério da Justiça em 2024, poucos meses depois de se aposentar do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele havia sido indicado por Lula para a Corte em 2006 e permaneceu como ministro por 17 anos, até se aposentar em 2023. Antes dele, o ministério era chefiado por Flávio Dino, que deixou a pasta para ocupar a vaga aberta no STF com a aposentadoria de Rosa Weber.
Proximidade com Lula e papel na articulação jurídica
Com histórico de confiança mútua, Lewandowski se consolidou ao longo do período no governo como um dos principais interlocutores de Lula em temas do Judiciário e da relação institucional com tribunais e órgãos de controle. Nos bastidores, a avaliação do ministro é de que a passagem pela pasta foi marcada por uma agenda concentrada em reorganização institucional, normatização de políticas e respostas a crises.
Ainda segundo a reportagem, ao dizer que “cumpriu sua missão”, Lewandowski tem se apoiado no argumento de que entregou o núcleo das ações que pretendeu comandar — tanto no campo legislativo quanto na estrutura administrativa e operacional do sistema de segurança e justiça.
com informações via Brasil 247





