Nesta quinta-feira (11), os céus do Brasil reservam um espetáculo noturno curioso e cheio de significados: a popularmente conhecida “Lua cheia do veado” será visível em várias regiões do país — isso, claro, se o clima colaborar.

O nome inusitado tem origem nas culturas indígenas da América do Norte. É durante esse período do ano, no Hemisfério Norte, que os veados machos — os “bucks” — iniciam o crescimento de novos chifres, marcando um novo ciclo da natureza.

O ponto máximo do fenômeno ocorrerá por volta das 17h30 (horário de Brasília), mas o momento mais encantador será logo após o pôr do sol. Nesse instante, a Lua surgirá no horizonte com uma tonalidade alaranjada vibrante, perfeita para quem deseja apreciar ou fotografar o astro em sua forma mais impactante.

Não é necessário equipamento profissional para observar o evento. Um lugar afastado das luzes da cidade e com boa visão do céu já garante uma bela experiência. Se quiser ir além, binóculos simples podem revelar detalhes como crateras e manchas escuras da superfície lunar.

Apesar de ser mais conhecida como Lua do veado, essa fase cheia de julho também carrega outros nomes, todos ligados a tradições ancestrais: para os antigos povos europeus, era a Lua das ervas, época de colher plantas medicinais. Os anglo-saxões preferiam chamá-la de Lua do feno, referência à colheita dos pastos. Já o termo Lua do trovão surgiu devido às frequentes tempestades que ocorrem nesta época no Hemisfério Norte.

Além de todos esses simbolismos, esta também será a Lua cheia mais afastada do Sol em 2025 — um detalhe astronômico relevante, já que ocorre pouco depois do afélio, ponto em que a Terra atinge a maior distância da nossa estrela.

Foto: Juliano Almeida/reprodução Campo Grande News