O deputado estadual e ex-prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PSD), decidiu não participar presencialmente da oitiva marcada pela Comissão Especial de Investigação (CEI) do Lixo e solicitou que as perguntas sejam enviadas por escrito. O depoimento estava agendado para a próxima sexta-feira (9), mas Rangel ainda não confirmou presença.
Em ofício encaminhado à comissão, ele manifestou disposição para colaborar com a investigação, mas preferiu responder às questões por meio de documento formal. “Coloco-me à disposição para contribuir, de forma escrita e fundamentada, a todos os questionamentos que a Comissão considerar necessários, solicitando, para tanto, que as perguntas sejam formalmente encaminhadas por ofício”, afirmou Rangel.
A CEI do Lixo foi instaurada pela Câmara Municipal para apurar possíveis irregularidades em um contrato de alto valor entre a Prefeitura e a empresa Ponta Grossa Ambiental.
A postura do ex-prefeito gerou críticas por parte do presidente da comissão, vereador Professor Careca (PV). “Ele compareceu à CPI da Sanepar sem exigir o envio prévio das perguntas para análise jurídica. Causa estranheza essa mudança de postura. Consideramos esse pedido desproporcional, ainda mais tratando-se de uma investigação sobre o uso de dinheiro público”, declarou o parlamentar.
A ausência de confirmação por parte de Rangel levanta dúvidas sobre sua participação direta na investigação e acirra os ânimos dentro da comissão, que busca esclarecer detalhes do contrato firmado durante sua gestão.
