Pelo menos cinco pessoas morreram durante a megaoperação deflagrada nesta terça-feira (28) pelas forças de segurança do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV). A ação, batizada de Operação Contenção, reuniu cerca de 2,5 mil agentes da Polícia Civil e da Polícia Militar, que atuaram nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital.
Entre os mortos estão quatro suspeitos — dois oriundos da Bahia e um do Espírito Santo — e um policial civil. Outros quatro agentes civis e dois policiais militares ficaram feridos. Três pessoas que não tinham relação com o confronto também foram baleadas: um homem em situação de rua, atingido nas costas e levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas; uma mulher que estava em uma academia, já liberada após atendimento; e um homem que trabalhava em um ferro-velho.
De acordo com as autoridades, criminosos reagiram à operação com tiros, barricadas em chamas e chegaram a lançar explosivos por drones. Ao todo, 25 suspeitos foram presos, cinco deles baleados e internados sob custódia. Policiais apreenderam 10 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas.
Entre os presos está Nicolas Fernandes Soares, apontado como operador financeiro do traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, um dos chefes do Comando Vermelho.
O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, afirmou que a operação foi planejada com antecedência e não contou com apoio do governo federal. Ele destacou que cerca de 280 mil pessoas vivem nas áreas afetadas e lamentou as vítimas da ação. “Lamentamos profundamente as pessoas feridas, mas essa é uma ação necessária, planejada e que vai continuar”, disse.
A Operação Contenção é resultado de um ano de investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e contou com apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Parte dos alvos, pelo menos 30, é do Pará. Helicópteros, blindados, veículos de demolição e ambulâncias também foram mobilizados para dar suporte à ação.





