O rapper e empresário Sean “Diddy” Combs se tornou o centro de uma polêmica significativa nos Estados Unidos nos últimos dias. Reconhecido como uma figura influente do hip hop dos anos 90 e empresário respeitado na indústria musical, Diddy foi preso por acusações de tráfico sexual e extorsão. Desde a detenção, o escândalo dominou os meios de comunicação, gerando muitas especulações. Antes de mergulharmos na cronologia dos eventos até agora, é importante entender quem é Diddy, que também foi conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, e que iniciou sua carreira na década de 1990 como estagiário da gravadora Uptown Records.
Rapidamente, Diddy ascendeu na indústria, tornando-se diretor da Uptown Records e, posteriormente, fundando sua própria gravadora, a Bad Boy Records. Ele é creditado por descobrir grandes talentos como The Notorious B.I.G., Mary J. Blige e Usher, enquanto também construiu uma carreira musical de sucesso, acumulando três prêmios Grammy. Além disso, Diddy produziu o reality show *Making the Band* na MTV e lançou sua própria linha de roupas, Sean John, consolidando sua influência na moda e na música. Seu círculo social inclui muitos nomes proeminentes da indústria musical, e ele atuou como mentor de várias celebridades.
As acusações contra Diddy surgiram após uma longa investigação, resultando em sua prisão no dia 16 de setembro. De acordo com documentos divulgados, o rapper é acusado de tráfico sexual e extorsão, com um suposto esquema criminoso em andamento desde, pelo menos, 2008. As alegações sugerem que Diddy utilizava seus empreendimentos para financiar atividades que “agrediam e traficavam mulheres”, estabelecendo um “padrão generalizado de abuso”. O promotor Damian Williams destacou que Diddy empregava seu império para conduzir “atividades criminosas”, incluindo tráfico sexual e sequestro.
A investigação revelou detalhes sobre eventos conhecidos como “Freak Offs”, descritos como “elaboradas e produzidas performances sexuais” organizadas em hotéis de luxo. O documento aponta que Diddy utilizava seus negócios para esconder essas maratonas sexuais, que frequentemente incluíam o uso excessivo de drogas e coerção. Os promotores afirmam que o rapper gravava as performances para “silenciar” os envolvidos. Além disso, a influência de Diddy na música era utilizada para intimidar e atrair vítimas . As alegações incluem que as vítimas se sentiam incapazes de recusar as exigências de Diddy, temendo repercussões profissionais e pessoais. Em resposta, o advogado do rapper afirmou que as acusações são “injustas” e que Diddy se declara inocente, colaborando com a investigação.
Teorias da conspiração em torno de Diddy e celebridades
Apesar de uma longa amizade que remonta aos anos 90, Diddy e Beyoncé nunca se uniram profissionalmente. Embora tenham participado de eventos juntos e compartilhado amigos em comum — uma situação comum no mundo artístico de Hollywood — as recentes investigações envolvendo Diddy têm alimentado teorias da conspiração que associam a cantora e seu marido, Jay-Z, ao caso. Embora não exista evidência concreta que ligue o casal ao rapper, essa falta de informações não impede que especulações surjam. Amigos de Diddy ou aqueles que frequentaram suas festas podem ser convocados a depor, caso o processo avance para um julgamento.
Diante da controvérsia, Jay-Z e Beyoncé têm evitado aparições públicas, supostamente para proteger suas imagens. Combs, por sua vez, pode enfrentar pena de prisão perpétua se as acusações forem confirmadas. O caso ainda não possui uma data definida para o julgamento, enquanto as investigações continuam. Outra artista mencionada em rumores é Rihanna, atualmente empresária de beleza e lingerie, que teria sido recrutada por um “caça-talentos” em Barbados e levada a Los Angeles aos 16 anos para assinar um contrato com Jay-Z, amigo íntimo de Diddy. A situação levantou suspeitas sobre a pressão que Rihanna teria enfrentado para assinar o contrato, com ameaças implícitas sobre sua saída da reunião e até suposições de que ela teria sido traficada quando era adolescente.
Além disso, a figura de Justin Bieber ressurgiu nas discussões. Teorias sugerem que o cantor teria sido alvo de abuso quando era menor de idade por parte de influentes do entretenimento, incluindo Diddy. A especulação ganhou força após o lançamento do clipe de “Yummy”, que fãs acreditam conter mensagens subliminares sobre abusos. Algumas cenas do vídeo, onde Bieber é visto em um ambiente que sugere exploração infantil, alimentam ainda mais as teorias. Durante uma conversa na igreja, Bieber mencionou um garoto abusado na indústria, que muitos acreditam se referir à sua própria vivência. Relacionado a isso, um vídeo antigo de Diddy dando presentes caros a Bieber também gerou especulações sobre significados ocultos nas palavras do rapper.
As teorias de conspiração não param por aí, já que nomes como Kim Porter, ex-companheira de Diddy, e até artistas como Mariah Carey e Michael Jackson foram envolvidos em rumores que conectam Diddy a práticas abusivas na indústria musical. Fãs acreditam que a relação de Mariah com seu ex-marido, Tommy Motola, que foi acusado de abusos, pode ter sido influenciada por Diddy, que era próximo de Motola. Especulações ainda indicam que a carreira de Mariah foi prejudicada após a separação, enquanto letras de músicas, como “She Knows” de J. Cole, reforçam a ideia de que poderosos da música estariam envolvidos em tragédias na indústria, como as mortes da cantora Aaliyah que faleceu em um acidente de avião considerado suspeito pela grande massa e a morte de Michael Jackson, que era um grande amigo de Mariah Carey e supostamente sabia dos “podres” que envolviam Diddy e Motola. Essas conexões complexas continuam a alimentar um clima de desconfiança e especulação ao redor de Diddy e outros ícones da música.
Com informações: Legião dos Herois, G1, Folha BV e CNN