Uma mulher de 37 anos morreu na noite da última segunda-feira (13), em Patrocínio, no Alto Paranaíba, após ingerir uma planta tóxica confundida com couve durante um almoço em família. Ela ficou seis dias internada em estado grave e não resistiu à intoxicação.
O incidente ocorreu na zona rural do município, quando folhas de fumo-bravo (Nicotiana glauca) foram colhidas junto com a couve utilizada no preparo de um refogado. Além da vítima fatal, três familiares também passaram mal, sendo que dois homens, de 60 e 64 anos, permanecem internados na Santa Casa de Patrocínio. Um deles está entubado e sedado, enquanto o outro se encontra estável, mas desorientado.
O Corpo de Bombeiros foi acionado logo após os primeiros sintomas — vômitos e mal-estar intenso — e realizou procedimentos de reanimação e intubação no local. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a confusão ocorreu devido à semelhança entre a planta tóxica e a couve tradicional.
O fumo-bravo contém anabasina, substância altamente tóxica, considerada até cinco vezes mais potente que a nicotina, capaz de causar paralisia, parada respiratória e morte. Casos fatais envolvendo a planta já foram registrados em Minas Gerais anteriormente, como em 2018, em Divinópolis.
As autoridades de saúde reforçam a necessidade de atenção ao manusear plantas em hortas e quintais, especialmente aquelas que se parecem com vegetais consumidos regularmente.