O Museu do Louvre reabriu suas portas nesta terça-feira (21), dois dias após um ousado assalto que chocou a França e mobilizou autoridades de segurança e preservação do patrimônio. Turistas formaram longas filas do lado de fora do museu, ansiosos para retomar o contato com uma das maiores coleções de arte do mundo, ainda sob o impacto do crime.
O roubo ocorreu na manhã de domingo (19), quando quatro ladrões mascarados invadiram o edifício histórico utilizando um caminhão equipado com escada. Eles quebraram uma janela do andar superior e acessaram a prestigiada Galeria de Apollo, no primeiro andar, onde estão expostas parte das joias da coroa francesa.
De acordo com a promotora de Paris, Laure Beccuau, os criminosos estavam desarmados, mas ameaçaram os seguranças com esmerilhadeiras — ferramentas usadas para cortar metais. A ação durou apenas alguns minutos. Nove peças foram alvo do grupo: oito foram levadas, e a nona — a coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III — foi derrubada durante a fuga e recuperada no local.
Os assaltantes escaparam em motocicletas, e até o momento não há informações sobre sua identidade ou paradeiro. O ministro do Interior da França, Laurent Nuñez, classificou o prejuízo como “inestimável”, dada a importância histórica e cultural dos itens roubados.
Apesar da audácia da ação, ninguém ficou ferido — nem visitantes, nem funcionários ou agentes de segurança.
O caso reacendeu o debate sobre a segurança nos grandes museus europeus. Um relatório interno, vazado à imprensa francesa recentemente, já havia apontado falhas no sistema de vigilância do Louvre, incluindo áreas vulneráveis e falta de atualização tecnológica — alertas que agora ganham nova dimensão diante do roubo bem-sucedido.
A polícia francesa segue investigando o caso e, segundo fontes da Promotoria, imagens de câmeras de segurança e relatos de testemunhas estão sendo analisados para identificar os autores e tentar recuperar as peças roubadas.
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