Opositor de Maduro, Edmundo González recebe asilo político na Espanha
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Opositor de Maduro, Edmundo González recebe asilo político na Espanha

08/09/2024 | 16:00 Por Eduarda Malucelli Modificado em 08, setembro, 2024 11:51

Edmundo González Urrutia, opositor ao governo de Nicolás Maduro, foi retirado da Venezuela por um avião da Força Aérea Espanhola e chegou à Espanha neste domingo (8). A transferência foi resultado de um acordo entre o governo venezuelano e a Espanha, garantindo asilo político a González, que contestou os resultados da eleição presidencial que reconduziu Maduro ao cargo em 28 de julho. A confirmação da chegada foi dada por sua madrinha política, María Corina Machado.

A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, informou na noite de sábado (7) que a Venezuela concedeu asilo político a Edmundo após ele se refugiar na embaixada espanhola em Caracas. Em uma postagem nas redes sociais, Rodríguez afirmou que “uma vez ocorridos os contatos pertinentes entre ambos os governos, cumpridos os extremos do caso e de acordo com a legalidade internacional, a Venezuela concedeu o devido salvo-conduto em prol da tranquilidade e da paz política do país”. Ela destacou que essa ação reafirma o respeito ao Direito que prevalece na atuação da Venezuela na comunidade internacional.

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, revelou que o asilo foi solicitado diretamente por Edmundo González. Em nota, o ministério ressaltou que “o governo da Espanha está comprometido com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos”. A saída de González da Venezuela ocorreu após a Justiça ter solicitado sua prisão por “risco de fuga”, em função do não comparecimento a três depoimentos relacionados à investigação sobre uma página na internet com supostas atas eleitorais que o favoreciam.

María Corina Machado defendeu a necessidade da saída de González, alegando que sua vida estava em perigo. Ela afirmou que “as intimações, o mandado de detenção e até as tentativas de chantagem e coação a que têm sido sujeito mostram que o regime não tem escrúpulos nem limites na sua obsessão em silenciá-lo e tentar subjugá-lo”. O governo brasileiro e colombiano havia apoiado o pedido de detenção feito pelo Ministério Público venezuelano. A investigação do MP acusa a página da oposição de “usurpação de funções, forjamento de documento público, instigação à desobediência das leis e outros crimes”, com o Tribunal Supremo de Justiça confirmando a vitória de Maduro nas eleições de 28 de julho.

Com informações: Agência Brasil

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