
No Brasil, fenômeno é percebido como pouca chuva em 3 regiões
Começa hoje (20) o Outono no Hemisfério Sul. Este ano, com um tom diferenciado, uma vez que, no Brasil, a estação sofre influências diretas do fenômeno La Niña. E, com ela, a produção agrícola brasileira. O fenômeno La Niña é um evento climático que ocorre quando as águas do Oceano Pacífico esfriam, desencadeando em uma sucessão de efeitos climáticos nas cinco regiões brasileiras. “É um evento climático natural oceânico-atmosférico caracterizado pelo resfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical. Em período de atuação, modula o regime pluviométrico do Brasil, por alterar a circulação atmosférica que atuam sobre o país”, detalha o meteorologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leydson Galvíncio Dantas.
“Vale ressaltar que o La Niña não é, por si só, determinante. Ele potencializa os fenômenos, mas com outros fatores, como a temperatura do [Oceano] Atlântico, que pode influenciar [o clima] em direção oposta”, complementa o meteorologista Mozar Salvador, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Segundo os pesquisadores, em anos de La Niña, as regiões Norte e setor norte do Nordeste apresentam aumento na frequência e volume das chuvas durante o verão. Já nas regiões Sudeste e Sul, faz o contrário: diminuição de chuvas com as temperaturas elevadas e o clima seco.
Na região Centro-Oeste, o que se costuma observar são atraso da pré-estação chuvosa e diminuição da atuação da chamada Zona de Convergência do Atlântico Sul, sistema que é o principal responsável pelas chuvas de janeiro e pelos avanços de frentes frias, país adentro.
Para a população em geral, o fenômeno é percebido como pouca chuva nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul; e muitas chuvas na região Norte e em parte do Nordeste.
Já para quem extrai, da terra, o sustento ou um negócio, há muito mais coisa envolvida.
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