A Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública de Ponta Grossa deu detalhes de uma ocorrência de maus-tratos contra uma criança na zona rural do município. O caso aconteceu na madrugada de domingo (29), por volta das 3h50, na Estrada da Bocaina, próximo à linha férrea do bairro Periquitos.

Segundo informações divulgadas pela Guarda Civil Municipal (GCM), a equipe GAT Juliet foi acionada pela Central de Operações após um motorista informar que avistou uma criança deitada no chão ao lado de um homem, em um local ermo e escuro. O solicitante aguardou a chegada da viatura no local, temendo pela segurança da criança.

Ao chegarem, os agentes constataram a veracidade da denúncia. Um homem de 29 anos, visivelmente embriagado, estava caído no solo com a filha de apenas 1 ano e 4 meses deitada sobre seu corpo. De imediato, a criança foi acolhida e colocada no interior da viatura, pois apresentava sinais de frio devido às baixas temperaturas.

Diante do risco à saúde da menor, foram acionados o Conselho Tutelar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para atendimento especializado. A menina foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento, onde passou por avaliação clínica. De acordo com a Secretaria, a medida visou descartar infecções ou outras complicações decorrentes da exposição prolongada ao frio e às condições insalubres do local.

Durante a abordagem, o pai relatou que havia ingerido bebidas alcoólicas durante a noite na casa de uma irmã e, ao tentar voltar para casa com a filha, não conseguiu concluir o trajeto. Ele teria se deitado com a criança sob uma árvore, à beira da estrada, onde ambos foram encontrados.

A situação foi considerada flagrante de exposição da criança a risco, configurando possível violação ao artigo 138 do Código Penal (maus-tratos). O homem recebeu voz de prisão em flagrante, teve seus direitos constitucionais informados e foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil, onde foram tomadas as providências legais cabíveis.

A criança foi entregue ao cuidado da conselheira tutelar presente na ocorrência e levada a um abrigo institucional, onde receberá proteção conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).